Marcas de pele

(Pedro Paulo Marra)

(Foto: divulgação)

Não importa a roupa que vier a cobrí-la.

Não importa os chapéus e bonés que vierem a sombreá-la.

Não importa!


Se a folhagem virar tatuagem sob o sol.

Se o calor do sol esquentá-la até arrepiar.

Se a lama vier e lambuzar.

Se a água doce fizer brilhar, e a salgada dourar.

Se os fetiches por ela darem prazer até gozar.

Se as marquinhas mostrarem os caminhos do "amar".

Não importa!


Se as marcas de uma "noite daquelas" trouxerem boas recordações.

Se o aroma de café a impregnou.

Ou até mesmo o do cobertor.

Que a abraçou por horas.

Não importa!


Se ela envelheceu.

 O mesmo tato que me enlouqueceu,

transcendeu o meu olhar,

virou poesia,

que perfuma o que dizem ser...

Pele.

Produção: 1º de agosto de 2017.


Comentários