(Pedro Paulo Marra)
(Foto: divulgação)
Na calada da noite,
há um clarão, mas está longe.
Mas também longe de ser um açoite.
E Lilian não se esconde.
O balanço de seu vestido,
como uma cortina beijada por ventos,
é a demonstração do perigo.
Que corre junto dela neste momento.
Sujarás os pés sem consentimento.
Mas há um alento!
Há um motivo de Lilian correr contra o vento.
Quer ser única.
Fugir de seu marido violento.
Quer se sentir livre e feliz ao mesmo tempo.
Ela é o símbolo.
Símbolo de promiscuidade, levada pelo vento.
Ao relento...
Lilian busca o amor a cada momento.
É digno o sentimento.
De olhar o incerto,
e querer algo certo.
Mesmo no sofrimento.
Sim...
É um sublime momento.
Produção: 22 de março de 2017.
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