Nossa poeira

(Pedro Paulo Marra)

(Foto: divulgação)

- Ei, Jorge, chega aí!
- Chama a Carmem.
- Tamo indo!

O barro é o palco.
Jogaram descalço.
Pra sentir.
O que faz sorrir.

Vão pra lá.
Pra cá.
E também acolá.
A meta é uma só.
E não precisa ter 7,32m de largura ou estar com rede.
Só precisam ter sede, de bola.
Dois chinelos, duas pedras.
O apito é a voz, de cada pequeno boleiro.
Brincam de sonhar em serem astros pelo mundo inteiro.

Sacola dentro de sacola.
Papel amassado ou latinha.
A poeira sobe enquanto você  imagina...
Corpos felizes sem fazer magia.

Produção: 14 de novembro de 2016.

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