(Pedro Paulo Marra)
(Foto: Divulgação)
Felícia.
Mata.
Felícia.
Mata.
Na mata ela está isolada.
Espalhando a pisada nas folhas.
Caça a mágoa.
Enquanto, a cada "crac" da folhagem cai uma gota de choro.
E vai sussurrando: "Imploro, imploro, socorro!".
Moça assustada.
Toda desajeitada.
Bruxaria impregnada,
quer ganhar vida.
Mas não lhe resta nada,
somente andar pela mata.
Num suor frio,
busca a saída.
Quer ser querida.
Não pela mata,
e sim, por sua namorada.
Presa noutra ilha.
Se olham pelos sonhos.
Se amam pelos pesadelos.
Dormem pelos cantos.
Tentando estreitar o zelo.
Cada uma numa ponta.
Com a mão no queixo.
Chorando folhas,
de desejo.
Infelizmente, vem só da mente.
A vontade.
O anseio.
O beijo,
até meio poético.
Porém, bem mais cético,
é o amor.
Que nesse caso, representa dor.
Produção: 8 de Agosto de 2016.
Comentários
Postar um comentário