A menina do guarda-balão

(Pedro Paulo Marra)

(Foto: Divulgação)

Por todo o globo terrestre.
Por todos os ares.
Tantos lugares que Sofia até esquece.
Mera dona de um balão vermelho, essa fugitiva dos maldosos Czares.

Ela voa fugindo do medo.
Medo de voltar a ver outra família eliminada na guerra.
A sua, já se foi, já era.
Porém, um bruxo a deu um balão em meio a guerra, daí, era o jeito.

Godofredo, bruxo de cartola, deu a Sofia poderes que só ela descobriria.
A menina, para sempre voaria.
Mas, durante a bruxaria, algo deu errado.
Era o que Godofredo mais temia, ela descobriu o segredo.

Logo, saberá o que ela escondia.
Lhes dou uma pista.
O balão não era de ar como qualquer um imaginaria.
E ela, perdeu as vistas.

Mas, de um coisa só ela sabia.
E que Godofredo mais temia.
O guarda-chuva não era só para protegê-la.
Mas sim, para atacar. Detalhe, suas pontas eram metralhadoras, diferente essa donzela.

Sobrevoando a Rússia, algo insinua.
De madrugada, só os guardas pela rua.
E os Czares assassinos, todos dormindo.
E então... BOOOM! A cidade estava explodindo.

Bem que Godofredo temia.
Quando saísse a luz do dia, Sofia não se arrependeria.
A todos ali mataria, quando sentisse o cheiro da chacina.
O que para ela, não era novidade, pobre enfeitiçada menina.

Cega, mas com o olfato mais aguçado.
Por conta daquele feitiço macabro.
Ah! E sobre o balão.
Vermelho pelo sangue dos parentes. E cuidava tanto dele porque as cinzas eram de seus pais, primos, tios, avós...
E um Czar, que era seu irmão.

Produção: 16 de Abril de 2016.

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