(Pedro Paulo Marra)
(Foto: Divulgação)
De praxe.
Toda Sexta-feira lá pelas 9 da noite, charuto e óculos de sol.
Um cliente rosna querendo mais chope, tanto implora que quase late.
Esse louco de tanto resfenol.
Bem ansioso, chega cheira a bebida enchendo o copo.
Claro, quer beber logo.
Fuma devagar massageando os maços de cigarro e se acolchoando na cadeira.
Funga o balcão num olhar rotineiro do barman, bem desse modo.
Numa leseeeeeira.
Esse cliente é o típico corno do canto do bar.
Daqueles que conversam com a cerveja.
Esse em específico procura sua loira, aquela cachorra vagabunda, bem conhecida na redondeza.
O traiu, mas mesmo assim, fica imaginando seu sorriso na fumaça do charuto pelo ar.
E está de óculos por uma razão.
Levou um soco do amante vira-lata, mas o matou.
E não titubeou, até na cara dele mijou.
Agora, está assim, boquiaberto no balcão.
Produção: 19 de Fevereiro de 2016.
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