Roncou? Morreu!

(Pedro Paulo Marra)

(Foto: Divulgação)

Sono.
Ronco.
Seguido de morte.
Sono.
Ronco.
Seguido de morte.

Sono.
Ronco.
Seguido de morte.
Sono.
Muitos roncos.
Seguidos de muita morte.

Mas muito sono mesmo.
Não ronque!
Sono pra diabo!
Já está crente que queres roncar?

Daquelas de ficar sentada.
Num balanço de céu.
Assim, está Raquel.
Mas não pense em ficar ao seu lado.

Ela não tem medo de cair.
Porque é a própria morte.
Não estrelou nenhum Atividade Paranormal, nem O Chamado, ó Milorde.
É do mundo surreal pouco prestigiado, sem sorrir.

Agoniza sangue, isso mesmo.
Sangue mermão!
Mordendo os lábios com seus dentes de tubarão.
Está só a espera de um psiu para afastar-se do medo.

Foi enfeitiçada pelo pecado.
Contrabandeou droga junto de um namorado, foragido, sumido e perseguido.
Trouxeram-na para cá de sua cama.
Com seu pijama, espera os outros 4 bandidos para pagar sua pena.

Quer liberdade em troca de um longo sono.
Enquanto isso, voa com sua alma aterrorizando as pessoas.
Caro leitor...
Leia depressa essa prosa poética, porque Raquel pode te envolver, e aí pronto!
Como os corvos de Hitchcock, seu ronco irá bicar suas cordas vocais...
Em seguida, não terá uma notícia boa.

Produção: 5 de Dezembro de 2015.

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