(Pedro Paulo Marra)
(Foto: www.gettyimages.pt)
Rumo ao infinito, Nilo queria ir.
Vagou por essa casca de árvore sem desistir.
Láááááá em cima.
Até o clarão perto da colina.
Sua pequenez, de uma mera formiga,
não faz jus ao tamanho de seu nome.
Eres um animal com crença desinibida.
Em meio a essas obras do homem.
Nilo procura.
Nilo instiga.
Nilo quer saber o que há naquele clarão?!
Traça possibilidades em solidão.
O galho balança.
E Nilo sugere mudança.
Quer chegar lá em cima a todo custo.
O sol chamativo, consigo é justo.
Todavia, Nilo chega perto do alto. Novamente em solidão,
se questiona em lástima.
- Por que aqui tudo é colorido e lá não?.
Enquanto a copa está próxima.
E então, Nilo descobre a razão.
O céu existe, mas para ele não.
Nilo, caro leitor, é o colorido dessa árvore.
Não gosta desse clarão, por ser de um marrom, preto e de um exuberante verde.
A cada balanço de galhos.
Nilo descobre novas luzes.
Agora sabe porque depende do céu cheio de nuvens.
A fim de matar a sede de seu tronco pálido.
Árvore de um animal só.
De um sonho só.
De só 1.
Nilo.
Produção: 30 de Novembro de 2015
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