Hélio incrédulo

(Pedro Paulo Marra)

(Foto: Divulgação)

Bengala atrás de bengala.
Com sua boina segue.
Hélio matuta isso tudo, sobre o cerne.
Por quê essa distorção me indaga?

Estava apenas passeando no parque,
com meus netos brincando pelo bosque.
Curtindo meus 70.
Enquanto eles somem.

Será que é agora?
Que sumo.
Que para sempre irei embora?
Mas não tenho rumo.

(mil moscas entrariam em sua boca de tanto espanto).

Largarei filhos e netos, apagará a chama?
Da amizade de aqueles, comigo desde a infância.
Minha senhora, me chama?
Hélio, caro leitor, é apenas mais um escolhido, sem petulância.

Porque foi chegada sua hora,
sem regalia.
Assim como nós um dia.
Na fila da surpresa lastimável.
Para alguns, indesejável, para outros, aceitável.

A porta do céu se abriu, distorcendo sua história na Terra.
Hélio, foi um de meus leitores.
Circundou minha mente nessa prosa poética, em horrores.
Me desculpei a ele, mas o clamor à vida nesse momento Hélio...
Não impera!
Disse a ele.

Produção: 5 de Dezembro de 2015

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