(Pedro Paulo Marra)
(Foto: Reprodução)
Uma moça, Carmen.
Adora crepúsculos.
Sim, crepúsculos.
Daqueles entardeceres que demoram, mas se partem.
Lúgubre de suas razões,
não de suas emoções.
És carne, osso e fantasma, tudo ao mesmo tempo.
Moça especial dessas águas de vento.
Louca para pular de novo em seu passado.
Mas não pode mais.
Está presa em sua própria ilha, incapaz.
Porém, existe atalho.
Pelo ar, seu véu voa.
Entretanto...
Disso ela mal sabe, ó tola!
Uma pena não poder pisar mais nessas águas, acabou-se o encanto.
A morte lhe amaldiçoou por esse mar severo.
Não poder tocá-lo a deixa num semblante incrédulo.
Pode mudar isso.
No mar de Malício, seu amor esquecido.
Mas até hoje de nada sabe sobre seu eu.
Está como estátua aos entardeceres.
Momento do dia em que morreu...
De amor, por assim dizeres.
Produção: 24 de Novembro de 2015
Menino, eu não tenho conhecimento para julgar ninguém nem o que os outros fazem. Mas gosto muito do que você faz. Uma beleza!
ResponderExcluirMuito obrigado Sandra, fico muito feliz quando alguém elogia meus versos. Espero nunca perder esse dom. Posto duas por semana, espero que possa apreciar cada vez mais. Vlw msm!
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