Papéis, papiros, fora de mim folhas urbanas

(Pedro Paulo Marra)

(Foto: Divulgação)

Menino do campo, revoltado na cidade.
Papiro, não sou mais o seu amigo!
Te jogo da janela invisível com toda minha vontade.
Nesse tortuoso e complexo caminho, você agora é passado, é antigo.

Jogo na reta do destino meus problemas,
minhas angústias.
Me livro, ufa!
Agora, estou longe desses dias escuros e sem ternuras.

Socialmente encravado,
era da rotina incessante de trabalho,
mas não sou mais disso tudo, um aprisionado.
Busco um atalho.

É dessa terra vermelha que sinto saudade,
de um frio agradável à minha epiderme.
Memórias gravadas eternamente na minha lápide.
Viro humano, não mais verme.
Produção: 14 de Setembro de 2015

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