(Pedro Paulo Marra)
(Foto: Pedro Paulo Marra)
Mesmo distante, seus passos sentenciam a forte aspiração amorosa,
romantismo declarado.
Indícios aromáticos amenizam olhares atravessados.
Nada como uma suave e afável prosa.
Afeição aliviada por um único sorriso.
Sobrancelhas confortam a todos, inclusive os amigos.
Nossos limbos unidos sem culpa,
outrora carícias faciais permeadas de ternura.
Saudades de uma morena aí,
de poder ao menos ver de longe seus lábios de avelã e pele de chocolate.
Somente atos de afago não resumem o forte laço.
O que realmente vale é o poder do contato.
Maciez de uma silhueta particular,
presença simultânea.
Compartilhados lábios em deleite ao luar.
Seguramente, a relação não é errônea.
Uma ponte com fortes pilares,
dão base aos passageiros a seus lares.
Mais aprazível pisar descalço e judiar risadas.
No final, o fôlego implora por um nirvana sem mágoas.
Ao se reparar um ao outro,
silenciosamente a telepatia esquenta,
metafísica elaborada sem pretexto, mas com uma solução de ouro,
fazer brilhar a íris de cada olho.
Às luzes refletidas no chão espelhado pela chuva.
Seja qual for a flor,
a essência não muda,
e permanece o amor.
Produção: Abril de 2015
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