(Pedro Paulo Marra)
(Foto: Fonte indisponível no momento)
O diálogo parece ser normal,
diariamente o convívio é passageiro,
passam despercebidos os detalhes num geral.
O importante é o bem estar alheio.
Na calmaria da manhã sob a fumaça que sobe do café a mesa,
vozes introduzem o dia sem pressa e com uma certeza.
Ganhar sorrisos, gargalhadas, conselhos, olhares de conforto
Até mesmo os cílios se saúdam beijando uns aos outros.
Meras atitudes que são refletidas na mente.
Repensar e adorar os momentos com as pessoas que ao nosso lado estão presentes.
Uma luz transcende pelas cortinas da janela
A manhã esquenta com muita conversa.
Os sons dos passos soam pela casa,
humores alternados mas nunca sem graça.
Litígios de dias anteriores, porém, com ironia relembrados.
Chega o momento de recolher os pratos.
Cada um para seu canto
A casa se acalma com seus afazeres,
o diálogo é necessário, porém, sem encanto.
Perde-se a força de exercitar a fala e os prazeres
Ao encontro no almoço se reúnem nos palmares,
cada um soltando suas frases,
naturalmente as brincadeiras fluem num desses lares.
Assim como todos os dias famílias se reúnem em diferentes lares
Olha só! Um trecho de uma rima só.
A tarde os distancia por suas opções.
Aparelhos eletrônicos não aproximam ninguém.
Até para os filhos dão saudade os sermões.
À noite, cansados, o frio reaproxima e o contato esquenta os que da saudade são reféns.
Estudos, descanso, livros, TV, artifícios variados,
conversas alternadas em ânimo e rouquices involuntárias ao pé do ouvido.
Nem os aparelhos parecem funcionar quando o corpo e mente estão a se guardar pelos quartos
O "boa noite" finaliza o dia com um suspiro.
Um beijo, um abraço, um olhar caído,
virando o dia cansado e moído.
Às vezes não, porém, quase sempre
E assim, mais uma vez, um agradável dia surge de fora para dentro de repente.
Produção: Fevereiro de 2015
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