(Pedro Marra)
(Foto: Pedro Marra)
Eu quero ver o mundo lá fora,
conhecer a melhor vista da América,
fazer amizade em Pirapora,
ter uma companhia doméstica.
Mas a minha imaginação está aqui dentro,
de onde sustento
a inspiração-cimento,
que concretiza o meu argumento,
repleto de sentimentos.
Então a mente é minha casa?
Que me acolhe sem dar sermão?
Ou é só bela na fachada?
A tal poesia do repente,
que tem flor e tem espinho,
afiada igual pexêra,
max bonita nax palavrax.
Eeeta aroma suado e arretaaaado...
da janela desse mundo,
que escrevo no quadrado.
E de carona, ela te deixa no caminho,
escutando de mansinho
o piar do passarinho,
que, na sua cabeça, forma um ninho,
a brotar rima nesse mundão.
Então te digo de casa,
ouça o seu piar e vá olhar sua aquarela,
[da TV].
Ops!
Da janela.
[Peraí...]
Respira mais um pouquinho.
Saia da alma-corvo,
vire canarinho.
Ufa!
Ganhei mais um tempo
para pensar em você,
olhando aquela lua...
Ou brilhar os olhos solares quando quis te ver.
Produção: 26 de setembro de 2020.
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