A força do apito

(Pedro Paulo Marra)

(Foto: www.resenhagol.com)

Ah... O futebol, mais do que um esporte,
magnífica a interação que proporciona.
O palco, o campo, torcedores seu suporte.
Tão especial que até quem mal sabe falar se apaixona.

Após a introdução vamos ao tema.
Um cara sempre questionado, xingado e polêmico.
Ouvir: Ei juiz! Vai tomar naquele lugar, não é problema,
a beleza está em ser excêntrico.

Como sua mãe sofre, ninguém ao mínimo, dele, gosta,
ainda mais quando está em jogo.
O apito se transforma em arma de fogo.
Um batalha campal prazerosa.

A violência incita ao desacato,
maior autoridade dentro das quatro linhas.
O juiz manda até nos bandeirinhas.
Ai do técnico desobedecer, é expulso, fato!

As nuances da partida se refletem na arquibancada,
calor de gritos, bumbos e fumaças.
São tantos apaixonados e loucos por suas taças.
Cores de seus times ficam impregnadas.

O termômetro é a bola correndo pelo gramado.
Como sangue pelas veias.
Pela linha de fundo, ela é cruzada, a curva dada numa falta, e um pênalti, quase um infarto declarado.
As ferramentas formam seus guerreiros com ataduras, meias, caneleiras e chuteiras.

A farda emblemática segue a história e tradição.
Respeito com o juiz?
"Coé" professor! Respeita minha equipe do coração.
Futebol é uma caixinha de surpresas, sofre com tudo vosso homem do apito, caro infeliz.

Uma falta, um cartão vermelho, um pênalti.
É quase um circo de palhaçadas de vez em quando.
Mas há de convir comigo meu mano...
É bonito ouvir o apito final e ver o torcedor feliz da vida chorando aos prantos.

Produção: Março de 2015




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